segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Vírus Influenza


Introdução 

As pandemias são fenómenos naturais que resultam da evolução dos vírus da gripe A, ao longo do tempo. Ocorrem cerca de três pandemias por século. Para que haja uma pandemia é necessário que: surja um novo tipo de vírus; esse vírus ter capacidade de provocar infecções graves nos seres humanos; exista transmissão de pessoa para pessoa. 

Pessoas idosas e pessoas portadoras de determinadas doenças crónicas têm uma maior possibilidade de desenvolverem gripe com maior risco de complicações como a pneumonia bacteriana, o que pode levar à internação hospitalar. Existem vacinas contra a gripe, que leva À redução do risco de adoecimento causado pelo vírus e certas complicações bacterianas. 

Transmissão

O vírus Influenza é transmitido de uma pessoa para outra através de gotículas eliminadas através da tosse ou do espirro. O vírus penetra no organismo através da mucosa do nariz ou da garganta. A transmissão pode ocorrer também através da contaminação das mãos com secreções respiratórias (aperto de mão, tocar em superfícies contaminadas...). Contudo, a infecção não ocorre através da pele.
 
Vírus Influenza

       O vírus Influenza é um Orthomyxovírus (pertence à família Orthomyxoviridae) e é classificado de acordo com o seu material genético em três tipos diferentes (A, B e C). Este tipo de vírus tem tamanho médio (80-120 nm) e é constituído por uma única cadeia de RNA com simetria helicoidal.
       Os tipos A e B são os mais comuns. Os vírus da Influenza forma diversas populações denominadas cepas que, ao longo do tempo, sofrem pequenas alterações na sua constituição. Por esta razão, a composição da vacina contra este vírus altera-se anualmente, havendo laboratórios especializados na pesquisa da sua alteração. Apenas os vírus A e B causam doença com impacto significativo na saúde humana, sendo os principais causadores das epidemias anuais.

Características do Tipo A:
- RNA com 8 segmentos rodeado por 10 proteínas
- infecção de diversas espécies de animais, por exemplo, aves
- capaz de causar epidemia e pandemias
- afecta todas as faixas etárias do ser humano, por ingestão de animais
- de acordo com as duas glicoproteínas presentes na superfície, hemaglutininas (HA) e neuraminidases (NA), os vírus Influenza A podem ser classificados em diferentes subtipos.

Doenças:
- Gripe A/gripe suína: provocada pelo vírus Influenza A H1N1


- Gripe Espanhola: provocada pelo vírus Influenza A H1N1
- Gripe aviaria: provocado pelo vírus H5N1

Características do Tipo B:
- RNA com 8 segmentos rodeado por 11 proteínas
- infecção de humanos, especialmente crianças e de focas
- causa epidemias leves mas não pandemias
- não se divide em subtipos

Doença:
- Gripe comum

Características do Tipo C:
- RNA com 7 segmentos, rodeado por 9 proteínas
- afecta o ser humano provocando doenças pontuais mas nunca epidemias
- não se divide em subtipos

Doença:
-Gripe comum

Os vírus multiplicam-se invadindo células hospedeiras e ordenando-lhes que produzam muitas cópias de DNA- uma tarefa que um vírus é incapaz de desempenhar. Sendo assim, ligam-se ao exterior da célula e injectam-lhe o seu DNA. A célula não tem a capacidade de distinguir entre o seu próprio DNA e o DNA viral, o que leva a que esta produza cópias de qualquer DNA que seja colocado no seu genoma.
Este processo leva a célula a produzir um número indeterminado de vírus, considerando-se a célula como “fábrica de vírus”. Depois de infectarem a célula, abandonam-na e vão à procura de novas células para se multiplicarem. Quando o nosso corpo e o nosso sistema imunitário não reconhece o vírus invasor, ficamos doentes.


Acção do Vírus

  1. O vírus penetra no organismo, principalmente através das mucosas, pele que serve de revestimento para o nariz, a boca e os olhos.
  2. O vírus Influenza atinge a corrente sanguínea. Esta passagem aumenta a produção de secreção, o que leva ao aparecimento do primeiro sintoma: a coriza (inflamação da mucosa nasal). Na corrente sanguínea, os vírus atacam as células.
  3. O vírus, quando penetra na célula, libera o seu RNA, que é transformado em DNA, graças à acção de uma enzima, a transcriptase reversa.
  4. Quando o RNA se transforma em DNA, a célula é “enganada”, pois não interpreta o vírus como corpo estranho.
  5. O DNA do vírus funde-se com o da célula, impedindo assim o seu funcionamento normal e obrigando-a a produzir cópias do vírus.
Estrutura
            - RNA
- Espículas: estruturas semelhantes a pequenos espinhos que facilitam a fixação do víros nas membranas das células a infecta
- Cápsula: capa que protege o RNA viral
- Envelope viral: estrutura que envolve a cápsula, formada por hemaglutinina (proteína trimérica responsável pela ligação do virião às células hospedeiras e pela fusão das membranas viral e celular) e a neuraminidase (importante na libertação do vírus após a sua síntese). Existem ainda outras proteínas com diferentes funções, como a proteína M1 (proteína de matriz e maior componente do virião) localizada na parte inferior do envelope e a proteína M2, que atravessa toda a espessura do envelope funcionando como canal iónico. 





História do Vírus Influenza
No século 20 ocorreram três pandemias, todas causadas pelo vírus influenza A. A primeira ocorreu em 1918-19 pelo subtipo H1N1 (gripe espanhola), a segunda em 1957-58 pelo H2N2 (gripe asiática) e a última em 1968-69 pelo H3N2 (gripe Hong-Kong).
A gripe espanhola, levou à morte de cerca de 20 e 100 milhões de pessoas. O número de óbitos estimado para a gripe asiática e para a gripe Hong-Kong é de cerca de 1 milhão de pessoas, em cada uma das pandemias. Em Março de 2009, foi detectado um novo subtipo H1N1, contendo material genético do vírus influenza A de origem humana, suína e aviária. A doença foi inicialmente chamada de "gripe suína", sendo esta denominação imprecisa, não devendo ser utilizada. Os primeiros casos da gripe causada pelo novo influenza A(H1N1) ocorreram no México a partir de 18 de Março e, em seguida, nos Estados Unidos (San Diego, Califórnia) em 28 e 30 de Março de 2009. Desde então, o novo subtipo H1N1 disseminou-se, rapidamente como previsível, para dezenas de países (inclusive o Brasil). Em 11 de Junho de 2009 a Organização Mundial da Saúde admitiu oficialmente a ocorrência de uma pandemia de gripe causada por um novo subtipo A (H1N1).


Medidas de prevenção
É necessário ter em conta o modo de transmissão da gripe, o que significa evitar aglomerações, ambientes sem ventilação adequada e contacto com pessoas doentes, e lavar as mãos com água e sabão com frequência.
Não existem evidências de que o uso generalizado de máscaras de protecção seja capaz de evitar a disseminação dos vírus influenza. A utilização incorrecta de máscaras pode aumentar o risco de infecção. Mas correctamente utilizadas reduzem o risco de transmissão. As máscaras de protecção (descartáveis) devem ser usadas pelos doentes e pelas pessoas directamente envolvidas no tratamento.
A vacina é também um meio de protecção, sendo muito comum nas sociedades desenvolvidas. A vacina tem componentes de vários subtipos do vírus influenza em circulação na população humana, inactivados e fraccionados. A vacina deve ser, na maioria dos casos, administrada em pessoas com deficiência do sistema imunológico.
Em casos em que a vacina estiver indicada, a vacina contra a gripe deve ser utilizada para incluir as últimas alterações antigénicas ocorridas com o vírus influenza. O desenvolvimento de uma nova vacina geralmente demora cerca de seis meses, em condições ideais. 


Tratamento
O tratamento da gripe é feito com antivirais, que como outros medicamentos não devem ser utilizados sem prescrição médica. Existem, normalmente, quatro drogas liberadas para o tratamento da gripe (amantadina, rimantadina, zanamivir e oseltamivir). Apenas o zanamivir e o oseltamivir têm acção contra os dois tipos de vírus que habitualmente causam a doença em seres humanos. Com o vírus influenza, notadamente nos extremos da idade, podem causar quadros graves e óbitos, sendo que a indicação do tratamento com antivirais deve obedecer a parâmetros clínicos, independentemente da doença estar a ser causada por um novo subtipo ou não.
Os antitérmicos e analgésicos podem ser utilizados para controlar as manifestações, principalmente a febre e a dor.

Fontes:
- http://www.adeusgripe.com.br/ovirus.html
- http://www.cives.ufrj.br/informacao/gripe/gripe-iv.html
- http://pathmicro.med.sc.edu/mhunt/flu.htm
- http://www.vacinacontragripe.com.br/contagio.htm

Reflexão sobre OGM

     Foi um trabalho muito interessante pois era um assunto desconhecido pela maioria dos alunos, sendo inovador.
     Trata-se de uma alface com DNA recombinate que permite a produção de insulina humana. Esta dará uma maior qualidade de vida às pessoas que sofrem da Diabetes tipo 1. É fascinate como é que uma alface, alimento ingerido diariamente, poderá, quando alterada geneticamente, mudar o mundo!
     Durante a realização do trabalho, o grupo trabalhou de forma unida, ultrapassando algumas falhas de pesquisa (especialmente, relativamente à técinica) e à falta de informação cientificamente rigorosa (técnica precoce em desenvolvimento).
    Por outro lado, durante a apresentação, a turma aderiu entusiasticamente ao debate proposto pelo grupo, expressando as suas opiniões de forma ordenada e positiva. Ficámos contentes com o desempenho dos colegas. Na votação final, a maioria dos alunos concordou com a pesquisa e o desenvolvimento desta técnica, para que um dia seja possível aplicá-la ao ser humano, melhorando assim a qualidade de vida de muitos doentes.
    Concluindo, este foi um dos trabalhos que mais gostámos de realizar, sendo um tema actual, interessante e diferente.