segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Reflexão do 1º Período

    Ao longo do 1º Período, iniciámos o nosso portefólio digital, o "Aprender Vivendo...", a partir do qual apresentámos vários trabalhos relacionados com a disciplina de Biologia. Foram trabalhos positivos, porque sendo um grupo unido, não houve muitas discordâncias,chegando rapidamente a um consenso, de forma a desenvolover os temas de uma forma objectiva e clara. 

    Sentimos alguma dificuldade a iniciar os trabalhos, porque a informação encontrada era vasta e diversa, levando-nos muitas vezes a questionar a professora sobre questões contraditórias. Mas, no final, consideramos útil este blogue, pois expandimos as nossas descobertas. 

Com votos de um Feliz Natal :) 
As Investigadoras ....

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Síndrome de Klinefelter (47, XXY)


 Introdução

     A síndrome de Klinefelter é uma aneuploidia envolvendo cromossomas sexuais, uma vez que neste síndrome apenas um par de cromossomas é afectado, existindo um cromossoma a mais. Este tipo de aneuploidia são menos graves do que as aneuploidias autossómicas pois existe um mecanismo de compensação de carga genética.

     É de esperar que indivíduos com a síndrome de Klinefelter tenham uma esperança média de vida normal, no entanto é necessário referir que existe um aumento significativo de acidentes vasculares cerebrais (6 vezes superior à população geral), assim como no aumento do número de casos de cancro. 

     A Síndrome de Klinefelter (SK) é causada por uma variação cromossómica envolvendo o cromossoma sexual. Este cromossoma sexual extra (X) causa uma mudança característica nos elementos do sexo masculino. Todos os homens possuem um cromossoma X e um Y, mas ocasionalmente uma variação irá resultar num homem com um X a mais. Por isso, este síndrome é conhecido como 47 XXY (devido ao seu cariótipo). Existem outras variações menos comuns como: 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXXY; e mosaico 46 XY/47 XXY, este é o cariótipo mais comum, ocorre em cerca de 15% provavelmente em consequência da perda de um cromossoma X que inicialmente era  XXY durante uma divisão pós-zigótica inicial.

     Metade dos casos resulta de erros na 1ª meiose paterna, um terço dos erros na 1ª meiose  materna e os outros  erros na 2ªmeiose ou de um erro mitótico pós-zigótico levando a situações de mosaico. Uma das causas que podem estar associadas à existência de erros na 1ª meiose materna pode ser a idade avançada da mãe. 

     Actualmente, a identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual, através de um exame feito com uma amostra de sangue.

    As estatísticas mostram que a cada 500 nascimentos é encontrado um rapaz com esta síndrome.

Cariótipo

Características

     A característica mais comum é a esterilidade. Possuem função sexual normal, mas não podem produzir espermatozóides (Azoospermia) devido à atrofia dos túbulos seminíferos e, portanto são estéreis. 

     Normalmente, apresentam outras características como: estatura elevada e magreza,  braços  longos; pênis pequeno; testículos pouco desenvolvidos (devido à esclerose e hialinização dos túbulos seminíferos); pouca pilosidade na zona púbica; apresentam uma diminuição no crescimento de barba; ginecomastia (crescimento das mamas), devido aos níveis de estrogênio (hormona feminina) que são mais elevados do que os de testosterona (hormona masculina); problemas no desenvolvimento da personalidade provavelmente em decorrência de uma dificuldade para falar que levam a problemas sociais e/ou aprendizagem. Por vezes, as características físicas evidenciadas pelo elemento masculino terão de ser removidas cirurgicamente.


Ginecomastia

Alta Estatura


     A perda da função dos túbulos seminíferos e das células de Sertoli resulta em níveis elevados de FSH e LH. Em homens normais, a secreção pulsátil de LH estimula a síntese e a secreção de testosterona, que em parte inibe a secreção pituitária de LH e FSH. A presença de níveis altos de LH apesar do nível normal-baixo de testosterona indica que pacientes com Síndrome de Klinefelter possuem eixo hipotalâmicopituitário- gonadal alterado.

 

Tratamento

     Deve ser feito o acompanhamento periódico do nível de testosterona (hormona sexual masculina) no sangue, para verificar a sua normalidade. Caso o nível de testosterona se encontre baixo levará à diminuição das mudanças sexuais que ocorrem durante a puberdade.
Para um melhor controlo é necessário a aplicação, uma vez por mês, de uma injecção de Depotestosterona, uma forma sintética de testosterona. A dose tem de ser aumentada gradulamente à medida que o tempo passa e ser aplicada mais frequentemente quando o rapaz se torna mais velho.

Glossário
    
    Mosaicismo - chama-se mosaico a um indivíduo com dois materiais genéticos distintos, porém provenientes do mesmo zigoto. Geralmente, esse distúrbio ocorre como uma variação no número de cromossomas nas células do corpo. Normalmente, todas as células somáticas do corpo deveriam possuir o mesmo número de cromossomas. O mosaicismo é causado por uma mutação no desenvolvimento precoce. O indivíduo resultante será uma mistura de células, algumas destas células apresentarão essa mutação ("sobrevivem" à destruição por parte do zigoto). O mosaicismo pode ser a linhagem germinativa (afectando somente as células do óvulo ou espermatozóide), ou somático (afectando outras células além das células esperma ou óvulo), ou uma combinação de ambos.
   Hialinização - Mecanismo de eliminação da permeabilidade dos túbulos seminíferos, impedindo a produção de espermatozóides. 
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cancro do Colo do Útero

"Cancro do colo do útero: Estudo identifica origem de 90% de casos

Oito tipos de papilomavírus humanos (HPV) são responsáveis por 90% dos cancros do colo do útero no mundo, segundo o mais vasto estudo sobre os genótipos HPV realizado até agora e publicado esta segunda-feira pelo The Lancet Oncology. " Correio da Manhã

O Cancro do Colo do Útero
        O colo do útero faz a ligação entre o útero e a vagina da mulher, fazendo parte do seu aparelho reprodutor. Apresenta uma importância fundamental pois, para além de produzir muco (que ajuda a mobilidade dos esperamatozóides), contrai-se para ajudar a manter o bebé no seu interior durante a gravidez e dilata-se na altura do parto.


      Estudos efectuados identificaram alguns factores que podem aumentar o risco de desenvolver cancro do colo do útero. A probabilidade de se desenvolver este cancro está relacionado com determinados hábitos da mulher. Esses factores são:
  •  O contacto sexual desprotegido pode levar à transmissão do Vírus do papiloma humano (HPV) sendo o principal factor de risco. A maioria dos adultos já foi num dado momento da sua vida infectado com HPV. 

    • O enfraquecimento do sistema imunitário da mulher (por exemplo, se estiver infectada com HIV).
    • A idade, sendo mais frequeente em mulheres com mais de 40 anos.
    • A existência de diversos parceiros sexuais. 
    •  O tabagismo apresenta um risco acrescido para o desenvolvimento deste cancro em mulheres fumadoras e com infecção por HPV.
    • A toma da pílula durante longos períodos de tempo, 5 anos ou mais.
    •  A mulher ter tido muitos filhos.
         Para prevenção deste tipo de cancro e de outras doenças é necessário a realização regular do teste Papanicolau.
        Quando a doença se agrava aparecem sintomas específicos tais como: a hemorragia vaginal anormal, aumento do corrimento vaginal, dor durante as relações sexuais, e dor pélvica.

       O cancro do colo do útero pode ser tratado segundo três processos: a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.

    Fonte: http://www.ligacontracancro.pt/

    sábado, 22 de outubro de 2011

    Métodos contracetivos - Pílula do dia seguinte

    A pílula do dia seguinte


    Introdução






    O nosso trabalho é sobre a pílula do dia seguinte, também conhecida como Plano B. É o único método contracetivo de emergência, evitando a gravidez mas não prevenindo as DST. Contudo, é uma substância extremamente nociva quando tomada sem maturidade e responsabilidade.  

    Quando se aplica?
    A Pílula do Dia seguinte é uma forma de contraceção de emergência, ou seja, é o único método contracetivo que é utilizado após uma relação sexual desprotegida. É normalmente utilizado se durante a relação sexual existir uma falha na utilização de um outro método contracetivo, como no caso de ocorrer um rompimento do preservativo, ou um deslocamento do dispositivo intra-uterino, ou um erro ao tomar a pílula, no caso de relações sexuais forçadas (violação).

    Em que altura se utiliza?
    Para um uso eficaz, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais cedo possível após a relação sexual desprotegida.
    O prazo máximo é de 72 horas (3 dias), sendo que a eficácia vai diminuindo ao longo do tempo. Nas primeiras 12 horas a eficácia é de aproximadamente 75%, a partir daí vai diminuindo.
    Se houver vómito nas três horas após a toma, esta deve ser repetida.

    Em que consiste?
    A pílula do dia seguinte apresenta um princípio ativo, o levonorgestrel que é uma hormona sintética (progesterona sintética – derivado prostagénico).
    Dependendo da altura em que se encontra o ciclo sexual, esta hormona sintética irá atrasar a ovulação ou impedir a fecundação e a nidação (implantação do blastocisto no endométrio), caso ocorra a ovulação e a fecundação.
    O levonorgestrel atua ao nível do complexo hipotálamo-hipófise que terá influência ao nível das hormonas produzidas nos ovários.


    Funcionamento
    Se a relação sexual desprotegida ocorrer antes da ovulação, na fase folicular, a pílula do dia seguinte irá atuar ao nível da ovulação, atrasando ou inibindo a libertação do oócito II.
    Pelo contrário, se ocorrer depois da ovulação ter acontecido, na fase luteínica, a pílula pode atuar sobre duas formas, ou impede a fertilização do ovo ou zigoto, uma vez que impossibilita o espermatozoide de atingir o oócito II devido à alteração do muco cervical, ou impede a nidação, pois impossibilita a implantação do blastocisto no endométrio.
    O mecanismo de ação da pílula do dia seguinte não está totalmente esclarecido.


    Como se utiliza?
    Existem dois tipos de pílula do dia seguinte, sendo diferente a sua utilização e a sua composição.
    Existem dois tipos de pílula do dia seguinte: uma combinada com derivados de estrogénios (etinilestradiol) e progesterona (levonorgestrel) e outra só com derivados de progesterona (levonorgestrel).
    Para o primeiro tipo, toma-se primeiro o comprimido que tem o derivado de estrogénios e após 12 horas, o comprimido que tem o derivado de progesterona.
    Por outro lado, para as mulheres que o seu organismo não suporta elevadas quantidades de estrogénios, toma 1,5 mg do derivado de progesterona (1 ou 2 comprimidos, dependendo da sua composição).

    Aspectos negativos
    Ambas as pílulas do dia seguinte introduzem grandes quantidades de hormonas no corpo, por isso as mudanças de humor são causadas por ambas.
    Hoje em dia os efeitos secundários da pílula do dia seguinte são, na sua maioria, muito moderados. Os principais efeitos secundários são as náuseas e os vómitos. Contudo, existe a possibilidade de dores abdominais, tensão mamária, tonturas, dores de cabeça, aparecimento de hemorragia – “spotting” (que não correspondem à menstruação), fadiga, diarreia e irregularidades na menstruação.
    Conclui-se então que, a curto prazo causa uma verdadeira revolução na produção hormonal da mulher. Já, a longo prazo, depende da quantidade de vezes que a pílula do dia seguinte foi usada. Quanto mais, maiores os riscos…
    A longo prazo, a pílula do dia seguinte pode provocar:
    - Problemas com uma futura gravidez, nomeadamente um gravidez ectópica (o feto é gerado fora do útero).
    Explicação: A progesterona presente nesta pílula retarda a passagem do oócito II pelas trompas, o que pode causar o encontro com o espermatozoide no lugar errado      
    - Cancro da mama e do útero
    Explicação: Uma das funções das hormonas femininas é regular o desenvolvimento das células mamárias. Quando há um excesso de hormonas, as células podem crescer desordenadamente, sobretudo em mulheres com tendência para a doença.
    - Trombose e Embolia pulmonar
    Explicação: A grande quantidade de hormonas pode aumentar a viscosidade do sangue, o que facilita a formação de trombos.
    - No caso de já ter ocorrido a nidação, não se conhece os efeitos possíveis no bebé durante a gestação e após nascimento.
    - A pílula do dia seguinte não protege contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis, para tal é preciso a utilização de verdadeiros métodos contracetivos como o preservativo.

    Aspectos positivos
    Pode prevenir gravidez indesejada.

    Reflexão
    Certamente já ouvistes histórias ou conheces casos de quem correu estes riscos. Lembra-te: não acontece só aos outros. Para que não te aconteça a ti, procura fazer escolhas saudáveis e responsáveis:
    Informa-te. Fala com os teus pais ou com outros adultos nos quais confies; mas também podes recorrer a profissionais de saúde (nos centros de saúde a consulta de planeamento familiar) ou a farmácia: nestes locais encontras informação credível e confidencialidade - não te vão julgar, vão ouvir-te e responder às tuas perguntas.
    A pílula do dia seguinte é considerada, pelo senso comum, como um método de contracepção de emergência. Contudo, existe um eufemismo na aplicação deste termo com o objetivo de ultrapassar uma ideia desagradável o facto de poder induzir um aborto (embora numa fase precoce), isto quando já ocorreu fecundação mas ainda não ocorreu nidação. Quando esta já tiver ocorrido a gravidez continua normalmente.
    Como podemos constatar a toma deste medicamento apresenta inúmeros efeitos secundários tendo que ser consciente a decisão da mulher na sua utilização. É assim, um método pontual de emergência que tem como finalidade evitar uma gravidez, não prevenindo as DST.
    No decorrer deste trabalho concluímos que a informação sobre a pílula do dia seguinte é vasta e pouco concreta dado que, nem os próprios profissionais de saúde estão totalmente esclarecidos sobre o seu funcionamento.


    segunda-feira, 10 de outubro de 2011

    O primeiro dia

    Bem-vindos!



    Após um árduo trabalho em campo, decidimos [as investigadoras] criar um portefólio online onde pudessemos expor e transmitir as nossas interessantes descobertas. Criámos, assim, o "Aprender Vivendo...", no qual durante este ano poderão acompanhar-nos nesta aventura pela ciência, e pelo mundo.
    Sendo alunas do 12ºano, a curiosidade cresce todos os dias, e influenciadas pela Disciplina de Biologia, aprofundaremos assuntos de diversos temas científicos para aprendermos a viver com tudo o que nos rodeia.
    Prontos para esta aventura?
    Desejem-nos Boa sorte ! :p

    As investigadoras: Mariana Neves
                                  Cláudia Santos
                                  Nathalie Madeira

    Escola Salesiana Santo António do Estoril